Diccionario Biblico: Vinda De Cristo (segunda)


Significado de Vinda-de-cristo-(segunda)

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Ainda que esta frase não ocorra no N.T., o acontecimento a que se refere teve proeminente importância na fé e esperança da igreja primitiva. A idéia do A.T. quanto ao ‘dia do Senhor’ (Jl 1.15 - 2.11, etc.), como sendo principalmente um dia de juízo (Cf. Sl 50.1 a 6), tornou-se identificada com a da vinda de Jesus Cristo, para julgar o mundo (At 17.31), restaurar todas as coisas, e especialmente confirmar e completar a salvação dos crentes. Fala-se, geralmente, desta ‘vinda’, como sendo a "Parousia" (isto é, presença, incluindo o pensamento de chegada), bem como uma revelação ou manifestação (*veja 2 Ts 2.8, onde ambas as idéias se acham combinadas). Não há dúvida sobre ser, na pregação apostólica e na fé da primeira geração dos cristãos, considerada a Parousia como iminente. Primeiramente, Paulo a esperava durante a sua própria vida (1 Co 15.51 - 1 Ts 4.15) - a expectativa desse fato é a sua constante inspiração e base de apelação (1 Co 1.7,8 - 7.29 a 31 - Fp 1.10 - 2.16, etc. - 1 Ts 1.10 - 2.19 - 3.13 - 4.13 a 5.11 - cp. com Hb 10.25 - 1 Jo 2.18). Esta crença deve, de algum modo, ter-se baseado nos ensinamentos de Jesus Cristo, erradamente, talvez, quanto ao tempo, seguramente quanto ao fato. São citadas as palavras proferidas por Jesus, que declarou estar próximo o Reino de Deus (Mc 1.15), e que repetidas vezes, em linguagem tirada da visão de Daniel, anunciou a vinda do Filho do homem (Mc 8.38 - 13.26 - 14.62). o lado moral deste ensinamento é manifesto para incutir a fidelidade, a paciência, a vigilância (Mc 13.9 a 13.33 a 37 - Lc 12.35, 36 - 18.8, etc.) - e há avisos de que a vinda podia ser demorada (Mc 13.5 - Lc 12.45). Todavia, em outras falas de Jesus Cristo, a ‘vinda do Filho do homem’ não se distingue claramente de crto acontecimento que devia realizar-se dentro daquela geração (Mt 10.23 - Mc 9.1 - 13.30) - e esta idéia não pode bem modificar-se com a linguagem de Mc 13.10 (Cp. com Cl 1.6,23). Parece-nos, então, que a nossa concepção de Parousia, anunciada por Cristo, deve, pelo menos, alargar-se para achar um cumprimento no Pentecoste, outro na queda de Jerusalém, e para dar lugar a um conseqüente desenvolvimento da nova fé, com a esperança de qualquer assinalada intervenção de Deus na história da Humanidade para o triunfo final do Seu Reino.

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